quarta-feira, 30 de julho de 2008

Drama ou comédia?

Hoje temos filme! Pois é! Nem sabem o que temos passado... As passinhas do Algarve! E eu nem gosto de passas...
Então, tínhamos ficado na decisão de continuarmos as obras pelos nossos próprios meios. Ora, “o que é que nos falta?”, perguntam vocês. Falta-nos pôr as janelas (que já estão feitas, estão só à espera de serem colocadas), falta-nos emassar as paredes, acabar de colocar os azulejos e louças nas casas-de-banho, pôr a cozinha, afagar o chão... e é mais ou menos isso. Claro que assim teremos casa, mas não ainda não temos nada para pôr lá dentro! Acampar começa a ser um verbo a considerar...
Bom, voltando à nossa história. Desde que o Sr. ACNNMSP deixou a obra que temos vindo a descobrir várias coisas acerca dele e da sua actividade. Sabemos que ele se fez passar como parte de uma das maiores empresas de construção nacionais, sabemos que ele deixou coisas por pagar, sabemos que diz aos clientes que tem enormes descontos em lojas quando eles são na verdade bem menores e... sabemos que ele não pagou ao electricista. E como é que sabemos isto? Porque o mesmo electricista nos veio bater à porta dizendo que lhe devíamos dinheiro! Claro que essa foi a história que o Sr. ACNNMSP lhe vendeu, mas nós explicámos-lhe a situação e achámos que ele tinha entendido que, tendo ele sido contratado por um empreiteiro para fazer um trabalho, era esse empreiteiro que lhe devia o dinheiro e não os proprietários da casa. Um belo dia, o Proprietário marcou com ele lá em casa para ele nos explicar o que faltava fazer (que, nós sabíamos, era quase nada). Quando lá chegámos... tcham-tcham, tcham-tcham!... quem é que lá estava?? O electricista, o colega dele e... o Sr. ACNNMSP!!! Isto parece o título de um filme e, na verdade, foi isso que nos pareceu na altura. Pois, diz que o electricista, que na verdade não conhecia bem o Sr. ACNNMSP (nunca tinha trabalhado com ele...), não sabia em quem acreditar e resolveu juntar as duas partes e confrontá-las. Vejamos isto da prespectiva dele... é justo! Em desespero de causa, eu faria o mesmo. O Proprietário teve então que enfrentar o electricista de um lado e a besta do outro. Nem imaginam o que foi... O energúmeno estava possesso (passo a redundância...), quase espumava da boca! Queria, porque queria convencer-nos a todos que seríamos nós a pagar ao electricista. Eu gostaria muito de vos transcrever tudo o que me foi descrito sobre tão sórdido encontro (sim, eu não estava lá...), mas cheira-me que seria uma daquelas situações em que não tem tanta “piada” como quando presenciamos. E a modos que a prosa já vai longa! Resumindo, o caso chegou a ameaças físicas! “Parto-lhe os cornos” “parto-o todo” e afins, da besta para o Proprietário. A sorte foi que assim o electricista ficou a saber quem era na verdade o Sr. ACNNMSP e também ficámos com testemunhas do caso, que foi logo reportado à PSP no dia seguinte. Um último apontamento de humor, parece que o tipo até já tinha sido identificado no passado por um incidente do género... Parece que o defeito é de nascença, tadinho...
Pronto, deixo-vos na santa Paz do Senhor. Até hoje ainda não se verificaram materializações das ameaças. Nem contra o Proprietário (“eh num bato im mulhé!”), nem contra a casa. Esperamos que não se venham a verificar. O que mais queremos é pôr tudo isto para trás das costas. Temos muito com que nos preocupar! Dias depois ele foi lá buscar as ferramentas que tinham ficado para trás aquando da sua saída da obra, tão desabrida. Apesar de termos juntado um pequeno exército (de precaução!) no dia em que ele lá foi, tudo se passou rapidamente e dentro dos limites do civismo. Desde esse dia que nunca mais ouvimos falar dele. Terá ele desaparecido das nossas vidas para sempre...? O tempo o dirá...
Para a próxima, conto-vos como está a obra e até vos mostro fotos! Aqui, a emoção nunca acaba!
Xxx

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Cair e levantar...

Mais de um mês ausente... Imperdoável! Perdoem-me, todos vocês!! Deste lado, as confusões sucedem-se em catadupa. Vou tentar resumir, sem vos maçar ou privar dos pormenores mais sumarentos... Será que vou conseguir?
Se bem se lembram, o Sr.... enfim, Aquele-Cujo-Nome-Não-Mais-Será-Pronunciado (ou Sr. ACNNMSP) tinha-nos pedido uma reunião. Lá nos reunimos e, sem surpresas, ele disse que precisava de mais dinheiro. Que estava a perder dinheiro, que tinha investido dinheiro na nossa obra (imaginem!) e que ou lhe dávamos mais ou ele saía da obra. Nós voltámos a explicar-lhe que ele tinha um contrato e que não podia sair assim, sem mais nem menos. Mas ele fez mesmo isso! Simplesmente disse que saía e que devíamos accionar os mecanismos que quiséssemos. Foi o que fizemos. A primeiríssima coisa foi logo, naquela tarde, mudar a fechadura. E mudámo-la nós mesmos! Chamar o piquete de urgência das Chaves do Areeiro ficava pelos 80 euros! Roubo! E legal! Bom, o Proprietário despachou aquilo como se o fizesse todos os dias e sempre ficámos mais descansados. É que o tipo dizia que lhe devíamos dinheiro (é mesmo de quem foi à escola e aprendeu a fazer contas e a ler contratos...) e ficámos a pensar que lhe podia passar uma coisinha pela testa e ir lá a casa roubar-nos as coisas ou partir aquilo tudo.
Depois passámos à fase de decidir o que era realmente importante para nós. Consultámos um advogado para perceber o que na verdade se passava ali e quais eram as nossas hipóteses, em caso de levarmos isto a litígio. Afinal, nós fomos enganados por um tipo que assinou um contrato connosco e se comprometeu a entregar-nos a casa pronta e afinal deixou-nos a 75% do caminho. O advogado explicou-nos que realmente tínhamos um contrato muito bem desenhado e que caso fosse a tribunal não havia grandes dúvidas que ganhávamos. O problema era fazer o gajo pagar qualquer tipo de indeminização a que tivéssemos direito. Parece que nestes casos o problema é sempre executar as sentenças, porque este tipos já a sabem toda e não deixam nada em nome das empresas ou (sequer!) têm dinheiro nas contas. Por isso, decidimos que acabar a casa era o mais importante para nós. Estamos a pagá-la desde Setembro e é muito triste e angustiante vê-la passar por todos este problemas. Bom, voltando às resoluções. Decidimos então que simplesmente nos íamos proteger para o caso de ele inventar mais mentiras a nosso respeito e vamos prosseguir com a obra. Nós ainda temos a última parcela do orçamento dele, por isso vamos tentar acabar as coisas com esse dinheiro.
Na verdade, poupei-vos de muitos detalhes. De como conseguimos descobrir maroscas do gajo, de como nos vamos proteger contra ideias mirabolantes que ele possa vir a ter, etc... Se quiserem saber estas coisa, perguntem!
Uma última palavra ao “nosso” advogado. OBRIGADA!! É um amigo meu de longa data e, apesar de já não estarmos juntos há bastante tempo, valeu-nos como se nada fosse. Não é só aquilo que se faz, mas aquilo a que nos dispomos a fazer pelas pessoas, pelos amigos. Foste essencial para a nossa decisão. Mais uma vez muito obrigada! Espero que a vida me recompense com oportunidades de te retribuir.
Vá, pronto, deixo-vos ir por hoje... Para a próxima vem uma história digna de filme! Stay tuned!
Xxx