quinta-feira, 24 de julho de 2008

Cair e levantar...

Mais de um mês ausente... Imperdoável! Perdoem-me, todos vocês!! Deste lado, as confusões sucedem-se em catadupa. Vou tentar resumir, sem vos maçar ou privar dos pormenores mais sumarentos... Será que vou conseguir?
Se bem se lembram, o Sr.... enfim, Aquele-Cujo-Nome-Não-Mais-Será-Pronunciado (ou Sr. ACNNMSP) tinha-nos pedido uma reunião. Lá nos reunimos e, sem surpresas, ele disse que precisava de mais dinheiro. Que estava a perder dinheiro, que tinha investido dinheiro na nossa obra (imaginem!) e que ou lhe dávamos mais ou ele saía da obra. Nós voltámos a explicar-lhe que ele tinha um contrato e que não podia sair assim, sem mais nem menos. Mas ele fez mesmo isso! Simplesmente disse que saía e que devíamos accionar os mecanismos que quiséssemos. Foi o que fizemos. A primeiríssima coisa foi logo, naquela tarde, mudar a fechadura. E mudámo-la nós mesmos! Chamar o piquete de urgência das Chaves do Areeiro ficava pelos 80 euros! Roubo! E legal! Bom, o Proprietário despachou aquilo como se o fizesse todos os dias e sempre ficámos mais descansados. É que o tipo dizia que lhe devíamos dinheiro (é mesmo de quem foi à escola e aprendeu a fazer contas e a ler contratos...) e ficámos a pensar que lhe podia passar uma coisinha pela testa e ir lá a casa roubar-nos as coisas ou partir aquilo tudo.
Depois passámos à fase de decidir o que era realmente importante para nós. Consultámos um advogado para perceber o que na verdade se passava ali e quais eram as nossas hipóteses, em caso de levarmos isto a litígio. Afinal, nós fomos enganados por um tipo que assinou um contrato connosco e se comprometeu a entregar-nos a casa pronta e afinal deixou-nos a 75% do caminho. O advogado explicou-nos que realmente tínhamos um contrato muito bem desenhado e que caso fosse a tribunal não havia grandes dúvidas que ganhávamos. O problema era fazer o gajo pagar qualquer tipo de indeminização a que tivéssemos direito. Parece que nestes casos o problema é sempre executar as sentenças, porque este tipos já a sabem toda e não deixam nada em nome das empresas ou (sequer!) têm dinheiro nas contas. Por isso, decidimos que acabar a casa era o mais importante para nós. Estamos a pagá-la desde Setembro e é muito triste e angustiante vê-la passar por todos este problemas. Bom, voltando às resoluções. Decidimos então que simplesmente nos íamos proteger para o caso de ele inventar mais mentiras a nosso respeito e vamos prosseguir com a obra. Nós ainda temos a última parcela do orçamento dele, por isso vamos tentar acabar as coisas com esse dinheiro.
Na verdade, poupei-vos de muitos detalhes. De como conseguimos descobrir maroscas do gajo, de como nos vamos proteger contra ideias mirabolantes que ele possa vir a ter, etc... Se quiserem saber estas coisa, perguntem!
Uma última palavra ao “nosso” advogado. OBRIGADA!! É um amigo meu de longa data e, apesar de já não estarmos juntos há bastante tempo, valeu-nos como se nada fosse. Não é só aquilo que se faz, mas aquilo a que nos dispomos a fazer pelas pessoas, pelos amigos. Foste essencial para a nossa decisão. Mais uma vez muito obrigada! Espero que a vida me recompense com oportunidades de te retribuir.
Vá, pronto, deixo-vos ir por hoje... Para a próxima vem uma história digna de filme! Stay tuned!
Xxx

4 comentários:

Anónimo disse...

Uma vez que acompanho a novela do vosso blog, embora nunca me tenha pronunciado, e uma vez que trabalho no ramo da construção, cedo deu para concluir que embora até pudessem ter o melhor contrato do mundo, nunca iriam conseguir nenhuma indemnização.
Este tipo de "empresário", nunca tem nada em nome dele, e facilmente fecha a empresa e abre uma empresa ao lado

Proprietária disse...

Obrigada pelo seu comentário. O nosso objectivo com o contrato nunca foi a indemnização. Foi tentar que o orçamento do construtor se aproximasse o mais possível ao nosso e àquilo que podíamos gastar. Claro que sabíamos que, na prática, não era por termos contrato que as coisas iam correr melhor. Mas há maneiras e maneiras de fazer as coisas e nós tentámos ser o mais correctos com todas as partes envolvidas no processo. Esperámos que os outros retribuissem, mas enganámo-nos.
Continue desse lado! A casa ainda não está acabada... ;)

JPT disse...

Ora sejas bem-vinda à blogosfera. Dos teus updates já sabia, pois temos falado muitas vezes, e folgo em ver que estás a encarar as coisas com alguma naturalidade. Para a frente é que é o caminho. Apraz-me registar ainda o teu retorno ao blog, que estava realmente muito desactualizado. É que, como dizes, faltam ainda muitos detalhes a esta novela. Mas se fosses escrever tudo, tinhas texto para 300 parágrafos...

Anónimo disse...

E, pelo meio, ficaram 94 belas fotos rubricadas em pleno Vela Latina. :) Mas ainda bem! Sapage