quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Cha-raaaaaaaann!!!

Cá está ela! A nossa cozinha! Finalmente!















E aqui estão os nossos roupeiros!




















E os nossos armários de wc!















Gostaram? Nós adorámos! A qualidade do trabalho é realmente muito boa. É pena é serem tão demorados e tão chatos... Mas montaram tudo isto num dia! Foi incrível. A quantidade de peças e pecinhas era prodigiosa. Mais uma vez, entupimos a rua a descarregar aquilo tudo... Na cozinha ainda nos falta uma porta de um armário (que veio com um risco e eles levaram para voltar a lacar) e a cuba, que estava esgotada. Portanto, é uma cozinha preta lacada, com a bancada em chapa inox (que ainda está coberta com a película protectora), com fogão a gás (eu prefiro), exaustor, forno, máquina da loiça e frigorífico. A máquina da roupa e o esquentador ficam ali do lado direito, já na marquise, numa área que posteriormente será a “área da roupa” e que se vai poder separar de um espaço que se pretende seja de relax.
As gavetas dos wc’s são também em preto lacado e os roupeiros são em branco lacado. Ou seja, o conceito do corpo da casa é ficar o mais neutro possível. A decoração posterior é que vai lançar a cor aos diferentes espaços.
Portanto, tudo se começa a compor. Hoje são dados os últimos retoques na janelas da frente e nas portadas. A faltar ficam ainda as portas do interior da casa (que o carpinteiro está a fazer) e o reforço da porta da rua, que só se pode resolver uma vez resolvida a questão da janela da marquise.
Esse assunto... eu já o sinto como que um tabu! Prefiro nem falar disso... Fico logo cheia de comichões! Nos últimos contactos que tivemos com a empresa das caixilharias, eles tentaram afinar a janela o mais possível, mas ela continua a precisar de 2 pessoas para ser aberta. Ou seja, na verdade, a única solução é retirar tudo aquilo que lá está e pôr uma janela nova, com uma caixilharia de jeito. Claro que nos vai sair caro, mas ao menos não tínhamos pago nada da que lá está. Ou por outra, 40% já tinham sido pagos pelo outro anormal que começou a obra. Mas o restante nunca iríamos pagar até que aquilo estivesse a funcionar. Por isso, menos mal. O pior é o tempo que isto tudo ainda vai levar. Até porque começamos agora a perceber que esta empresa não tem interesse nenhum em terminar este trabalho (mais uns!), porque já se queixam do prejuízo. Isto depois de eles nos terem assumido presencialmente que o trabalho está mal feito e que a culpa é deles! Ou seja, reina a atitude do “epá, lixei a vida desta gente... não faz mal... siga a Marinha!”. Tão bom sentir isto numa altura em que à nossa volta nos falam de trazer crianças ao Mundo e afins... Tristeza de gente...
Aconselho-vos, então, a fazerem o mesmo que nós. Recostem-se bem confortáveis e esperem sentadinhos pela festa, que ainda tarda. Nas próximas duas semanas, não se vai passar nada lá em casa, porque nós vamos de merecida lua-de-mel. Mal regressemos, cá estaremos deste lado, a contar com vocês desse!
Beijos e abraços a todos!!

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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

My name is...

Querem saber?? Basicamente... a cozinha ainda não chegou... a janela ainda não foi arranjada... Chama-se Karma... Karma, meu amigos! Não o nosso, mas o da casa! Mas, não perde por esperar... Eu vou fazê-lo mudar... ai vou... vou!
xxx

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Casadinhos de fresco...

...e era bom termos uma casa onde morar!!! Para os que se interessam, o casamento foi absolutamente divinal, magnífico... perfeito!
Mas, pronto, foi uma noite memorável mas já passou e agora, como só vamos de lua-de-mel mais tarde, voltamos a concentrar-nos no essencial: a nossa casa! Durante a nossa ausência, ficou um dos tais personagens de banda desenhada a acabar uns pormenores. Diz que agora está tudo pronto para entrarem a cozinha e os roupeiros. Sexta e sábado. Assim que tiver fotos, estarão aqui! Não me esqueci de vocês, não pensem! É que temos andado tão ocupados com o casório... Tanto que a semana passada nem sequer ligámos ao trolha!! Nem uma vez!! E a casa não caiu! Nem ardeu! Nem explodiu! Incrivel, huh?
E também esperamos esclarecer a história do vidro partido na janela da marquise. Acreditam que o tipo estava a pensar em simplesmente não substituir o vidro?? Disse-nos a secretária dele que ele estava a pensar em fazer isso mas não tinha coragem de nos dizer! Estupores! Uns atrás dos outros!!! Não escapa nem um!!!!!!!!! Quantas vezes é que eu já disse isto? SOCORRO!!!! Honestos, procuram-se!

Xxx

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Amor, carinho e frescos!

Hoje foi dia de muito amor e carinho, lá em casa. O chão já está pronto e está na hora dos homens (ou homem, porque por mim ia só um deles) voltarem para acabar o que falta. Acontece que, ao olharmos para o nosso magnífico chão todo bonitinho, acabadinho, pintadinho, envernizadinho, começamos a achar que ele estava mesmo à espera que lhe caísse tinta em cima ou qualquer coisa do género. Resolvemos então protegê-lo o mais possível, antes que o pior acontecesse. Comprámos 60m2 de cartão canelado e hoje passámos 5 horas a colocá-lo por toda a casa! Sim, cobrimos cada centímetro... não, cada milímetro de soalho daquela casa! Teve mesmo que ser... Aqui ficam umas imagens do chão e da tarefa em questão.

Faltam-nos é fotos do cartão todo colocado... Fica para a próxima.
Deixem-me só contar-vos que outro dia fizemos uma descoberta incrível. Era sábado. Tínhamos ido lá a casa ver o chão e depois decidimos almoçar por ali. Não queríamos ir aos antros do costume, por isso decidimos ir andando por ali pela zona. Dois simples minutos depois vimos um restaurante no primeiro andar de um edifício em que nunca tínhamos reparado, apesar dele estar esparramado no meio de um parquezinho, mesmo ao pé da nossa casa. Entrámos... Era um mercado!!!!!!!!!! Montes de peixe, carne, fruta, legumes, flores... tudo! Tudo fresquinho e de 2ª a sábado (às 2as não há peixe fresco). Foi uma descoberta acidental mas excelente. Morar no centro de Lisboa e ter um mercado à porta... Delicioso! Mal podemos esperar!!
Voltando à casa, só para terminar, os roupeiros e os armários dos wc’s já foram encomendados ao mesmo Sr. das Cozinhas que está com o fogo no rabo para ir montar as coisas... Era bom, era...

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PS - Para os mais geeks... estas fotos são do iPhone... não estão assim tão más! Se bem que o Proprietário concorda que a definição é péssima.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Afagar o chão debaixo dos nossos pés...

Estou-vos sempre a pedir desculpa... por não vir cá! Mas vocês também não dizem muito! Lá aparece uma mensagemzinha, de vez em quando. Graças a Deus temos um ou outro leitor fiel... Vá, venham de lá essas bocas!!
Ora, como estamos. Estamos bem! Temos é muito que fazer!! Para os que não sabem, temos o casamento a menos de um mês. Por isso, casório, (muito!) trabalho, casa por acabar... Imaginam o caos, certo?
A casa lá está, gatinhando a passos de bebé, mas andando. Temos andado a concentrar as nossas atenções no chão. Um trabalho que, se bem feito, levaria uma semana, já vai nas três! É incrível o tempo que se despediça em andar atrás de gajos que dizem que aparecem e nem sequer se dignam a avisar que afinal não vão. Entretanto, liga-se a perguntar onde andam e respondem que já sabem o trabalho que têm que fazer e que não vão só aparecer para dizer ‘Olá’! Impressionante! O calibre desta gente! É um atrás do outro! Não há umzinho que se aproveite! Caramba!
Bom, então, 3 semanas volvidas e já está o chão remendado e afagado. Amanhã começa a levar o tratamento do bicho (tratamento anti-xilófago) e depois vem o envernizamento. Uma vez envernizado, vamos ver se ainda precisa de uma velatura final, para dar cor. Decisões para mais tarde.
Enquanto isto acontece, não se pode andar a pataguinhar por ali, por isso o resto da obra está parada. Mas, mais uma vez, continuamos de roda dos pormenores. Coisas que já nem nós sabemos se não vão ser coisas que nós próprios vamos ter que acabar... Mas por fazer ainda está a betumagem dos interstícios entre as pastilhas e/ou os azulejos dos wc’s, a “limpeza” das janelas, a substituição do vidro partido do janelão... As portas já estão a ser feitas, os vidros e espelhos que faltam já estão na calha, os armários dos wc’s e os roupeiros estão sob consulta... Enfim, para lá caminhamos!
Já vêem a luz ao fundo do túnel? Já estão a imaginar os convites para a grande festa? Mais uma vez relembro... Só pr’ós leitores mais assíduos...
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PS – Fotos do chão, já limpinho!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Casa selada!

Hoje fechámos a casa! Reparem, fechámos no sentido literal! Agora já temos as janelas todas, da frente e de trás e assim a casa já fica fechada por todos os lados. Já se sente o silêncio... e também já se sente o cheirinho a tinta...! Sim, porque o primário já está nas paredes! Já se começa a ver uma casa, ali. O chão já começou a ser reparado, logo também já está fechado. Já temos a nossa casinha (quase!) hermética. “E porque é que isto é tão importante?”, perguntam vocês. Porque desde a demolição que a casa tem estado aberta a todo o tipo de invasões vindas do jardim. Ultimamente, foram as pulgas! Quer dizer, as pulgas que vieram de boleia com os gatos, claro. Mas era estranho porque os gatos sempre lá estiveram e de repente as pulgas “vivem” em nossa casa. Mas milhares delas! Era entrar lá e vê-las a saltarem-nos às pernas! Era horrível! Tanto que resolvemos chamar uma empresa de desinfestação para resolver aquele problema. Por entre remendos do chão, conseguiram descobrir que o que se passou foi que uma gata tinha ido ter os seus filhotes por baixo do nosso chão. Com todas as movimentações das obras eles devem-se ter assustado e ela levou-os de lá... Todos... menos um! Um desgraçadinho ficou para trás e não resistiu. Infelizmente, as pulgas acabaram por se aproveitar dos seus restos mortais e fizeram ali os seus ninhos. Dali a uma verdadeira infestação, foi um pulinho! Mas lá descobriram o pequenito, retiraram-no e já fizeram as duas pulverizações do tratamento anti-pulga. Depois de afagar o chão, vão também fazer o tratamento anti-caruncho ou anti-bicho, ou que é.
Agora, um episódio pleno de comicidade. A minha compincha de bancada contou-me que, no dia a seguir ao episódio “fogueira no jardim”, ela estava a passear ali na zona com uma amiga que lhe disse que uma outra amiga delas morava ali, mas que estava muito desiludida com o bairro. Segundo essa terceira moça, o sítio estava cheio de “selvagens”. Tendo a minha colega interesse no assunto continuou a questioná-la, ao que a rapariga contou que a amiga lhe confessou que aquilo estava tão mau que “os selvagens do prédio ao lado” até tinham acendido uma fogueira no jardim!! Ou seja, meus amigos, o Mundo é uma autêntica ervilhita e nós, que nem lá moramos ainda, já temos má fama e apelido de “selvagens”! Lisboa não perdoa!
xxx

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Mestres do surreal...!

Meus caros, isto começa a atingir proporções ridículas, mergulhando sem medos no surreal, roçando o patético e esboçando o inacreditável. Comentava eu ontem com colegas que há certas coisas que contadas ninguém acredita. Vocês, desse lado, devem começar a achar que a nossa necessidade de atenção é tão extrema que até já enveredámos pelo recurso à imaginação para ter alguma coisa que escrever aqui. Pois, que um raio me fulmine já, se não vos conto a mais pura das verdades. Tanto que a hipótese de transformar este blog em livro (ou mesmo em filme, com a Cate Blanchett a fazer o meu papel... é que somos iguaizinhas! Co’a breca... oiço trovões!), começa a parecer cada vez mais possível, já que há situações que são dignas de um qualquer argumento. Aviso-vos: se alguma vez acharam que o ser humano comum, o transeunte mais banal da nossa praça, já deixou de vos surpreender, é mesmo só porque não estão atentos. As pessoas andam completamente tresloucadas, é só abrir os olhinhos! Mas basta de introduções! Vamos à prosa!
Segunda-feira foram entregar a janela da marquise! Ou “da montra”, como lhe chamaram os homens. É que é mesmo colossal! Mas começou logo bem. Um dos dois vidros chegou rachado. Uma racha mínina num cantinho, mas seja como fôr, é uma racha. Acordou-se continuar com a operação, já que o vidro pode ser substiuído à posteriori e in situ, e como é laminado não há perigo de estilhaços. Portanto, take 1: a janela entra!






















Este era o nosso maior medo, já que não tínhamos a certeza se um elemento rígido daquela envergadura passaria nas apertadinhas esquinas do corredor. Mas entrou e até facilmente.
Take 2: a janela tem que ser colocada nas calhas e não está a entrar. Tiveram que remover alguns azulejos do chão.

















Take 3: ainda não entra e já não se percebe bem porquê.
Take 27: depois de muito afinar, afinal já entrou, mas não corre.
Take 43: teve que se picar parede para ela correr... mas ainda não corre.
Take 68: já se estragou e removeu uma das calhas porque afinal a janela não corre devido ao desalinhamento entre as calhas de cima e de baixo.
















Resumindo: a janela está encravada entre as calhas existentes e eles voltam para a semana para resolver o problema (vulgo, alinhar as calhas e colocar mais rolamento na caixilharia da janela). Escusado será explicar que tudo isto poderia ter sido evitado se o encarregado da empresa que lá foi há umas semanas ver se o local estava pronto a receber a janela, tivesse feito o seu trabalho em condições. Mais uma vez sublinho: estamos rodeados de incompetentes!!!
Como se tudo isto não fosse suficiente, ainda há mais disparate pela frente. Para que a janela entrasse em casa, a nossa porta de casa teve que ser removida. Mas como não íamos remover aquilo à bruta, pedimos ao carpinteiro que nos está a fazer as portas dos quartos que a fosse lá tirar e pôr de volta depois da janela entrar. Ele fez o que lhe competia, mas quando lhe ligámos para ele vir pôr a porta no lugar ele disse ao Proprietário que não dava jeito nenhum que nós estivéssemos por perto e que depois explicava. Mas quem é que diz isto??? Ele deu-nos um toque quando estava a chegar e nós escondemo-nos na pastelaria. Eu estava parva prá minha vida! Impedida de entrar em casa por um lunático! Enfim, ele colocou a porta e foi ter connosco. Lá nos explicou que estava a tentar expulsar a mulher que vive em casa dele, da casa dele. Mulher essa que o Proprietário já tinha visto anteriormente com ele e que tinha identificado como namorada dele, pela maneira como interagiam. Então, parece que o carpinteiro “engrupiu” a gaja dizendo que ela tinha que sair de lá porque ele tinha vendido a casa e quando ela o confrontou sobre a quem é que ele a tinha vendido, ele olha para o telemóvel e a última chamada que tinha era do Proprietário, logo deu-lhe esse nome. Ela quis confirmar isso e veio atrás dele a nossa casa para nos confrontar a nós! Eu sei, eu sei, vocês já começam a duvidar desta patetice toda. Mas agora imaginem nós, que temos que lidar com isto!!! É incrível e de certeza que está tudo doido!
Mas... quando eu já contava isto à minha colega mais próxima (que atura estas crises diariamente, com paciência de santa!), já em jeito de desabafo de desespero de causa, indagando se nos faltava acontecer alguma coisa... eis que toca o telefone. Lendo no visor do telemóvel que quem me ligava era a vizinha do 4ºandar, o meu sangue gelou. Ao telefone eu falava com uma rapariga (que deve ser mais ou menos da minha idade) completamente transtornada porque tinha acabado de chegar e tinha a casa cheia de fumo. Ora bem, o que se passou foi que o nosso mais recente Contratado (que por sinal, juntamente com o seu colega, fazem um magnífico par de “trolhas”, dignos de uma tira de banda desenhada!) tinha decidido que queria fazer uma fogueira no jardim! Considerem ainda que o nosso jardim, além de estar uma completa selva, serve de armazém para tudo o que é madeiras e tralha das obras, tudo material extremamente inflamável. Mas, pronto, na sua infinita sabedoria, ele decidiu que queria limpar o jardim (como se não tivesse mais nada que fazer!), podou a nespereira e queimou as folhas. Há quem diga que ele tinha boa intenção, coitadinho. Eu... eu digo que de boas intenções, está o inferno cheio!!!! Isto num prédio sem seguro de incêndio... Surreal!!!!! Infelizmente, quando as vizinhas assustadas lhe pediram para apagar o fogo, ele achou que elas estavam a chingá-lo e insultou o mulherio todo. Palavrões do pior! Nós só não o mandámos embora porque ele pediu desculpa às senhoras e nós estamos desesperados para acabar a casa...
Desculpem, eu sei que já estão fartos. Incrivelmente, eu ainda tenho muito para contar. Mas deixo para outro dia. No próximo episódio, contar-vos-ei como estamos a livrar de uma praga... Não percam! Brevemente, no blog do costume...

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terça-feira, 5 de agosto de 2008

Back in business!!

Estamos com certeza! Este é o meu lado positivo... Não queiram conhecer o meu lado pessimista! Mas acreditem que existe. Todo este processo tem sido de aprendizagem a um ritmo vertiginoso. Não só a nível pessoal e social, como a nível técnico. A modos que já dou aulinhas de montar pladur e afins aos meus colegas. Mas confesso que tenho os meus dias maus em que mal posso ouvir falar desta casa. Eu já conheço todos os clichés (“sabias que ia ser difícil” “são fases” “no fim vais achar que valeu a pena” etc etc etc...) mas esta casa (por sinal a minha primeira casa) estará para sempre ligada a esta saga e terá sempre muito que contar. Pronto, quem está de fora diz sempre que assim é que é giro, construir as coisas do zero, ter histórias para contar. E eu sei que a vida é isto mesmo! Mas não deixa de ser difícil atravessar momentos de suspense doloroso, de não saber se a casa vai ficar com qualidade, de não saber se vai sequer ficar acabada, de sentir que nos estão sempre a tentar passar a perna, que se me distrair há logo um gajo qualquer que me vai tentar engrupir com qualquer balela, que confiei nas pessoas (pela simples razão que não tinha razões para duvidar ou porque queria ser justa ou dar uma segunda oportunidade!) e que me traíram... É uma situação de constante tensão que não mata, mas mói, até lá muito perto a maior parte das vezes! Ninguém gosta de passar por isso, por mais histórias que depois tenhamos para contar aos netos!
Bom, não sei o que me deu para desabafar desta maneira. Desculpem. O que vocês querem, sei eu! Fotos, não é? Mas com umas descriçõezinhas leves à mistura, pode ser? Ora bem, temos as paredes feitas e emassadas. Vá, quase todas. Olhem só...


A electricidade está no ponto de só faltar colocar os interruptores. A marquise está só à espera de receber as janelas (enfim, já estava assim há algum tempo, mas faltava um niquinho do chão). Falta acabar de colocar os azulejos nas casas-de-banho e fixar as louças. Falta colocar os fechos nas janelas da frente... Eh pá, já não me lembro se vos tinha dito que já temos janelas da frente! Sim, voltaram lindas e imaculadas! Dá gosto! Mas vieram sem fechos... Falta afagar e envernizar o chão, depois de feitos um ou outro remendo.
Planos para as próximas semanas? Começar a pintar. Colocar as janelas que faltam. Mandar fazer as portas. Acabar as casas-de-banho, de uma vez (é que já enjoa ver aquilo a meio...)! Encomendar os interruptores e os espelhos e vidros que faltam. O Sr. das Cozinhas vem tirar as últimas medidas. Lembrem-se que ela foi encomendada à parte. É tão linda! Enfim, no papel...
Espero da próxima vez já vos trazer fotos da nossa enorme janela para o jardim... Por hoje, over and out!
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quarta-feira, 30 de julho de 2008

Drama ou comédia?

Hoje temos filme! Pois é! Nem sabem o que temos passado... As passinhas do Algarve! E eu nem gosto de passas...
Então, tínhamos ficado na decisão de continuarmos as obras pelos nossos próprios meios. Ora, “o que é que nos falta?”, perguntam vocês. Falta-nos pôr as janelas (que já estão feitas, estão só à espera de serem colocadas), falta-nos emassar as paredes, acabar de colocar os azulejos e louças nas casas-de-banho, pôr a cozinha, afagar o chão... e é mais ou menos isso. Claro que assim teremos casa, mas não ainda não temos nada para pôr lá dentro! Acampar começa a ser um verbo a considerar...
Bom, voltando à nossa história. Desde que o Sr. ACNNMSP deixou a obra que temos vindo a descobrir várias coisas acerca dele e da sua actividade. Sabemos que ele se fez passar como parte de uma das maiores empresas de construção nacionais, sabemos que ele deixou coisas por pagar, sabemos que diz aos clientes que tem enormes descontos em lojas quando eles são na verdade bem menores e... sabemos que ele não pagou ao electricista. E como é que sabemos isto? Porque o mesmo electricista nos veio bater à porta dizendo que lhe devíamos dinheiro! Claro que essa foi a história que o Sr. ACNNMSP lhe vendeu, mas nós explicámos-lhe a situação e achámos que ele tinha entendido que, tendo ele sido contratado por um empreiteiro para fazer um trabalho, era esse empreiteiro que lhe devia o dinheiro e não os proprietários da casa. Um belo dia, o Proprietário marcou com ele lá em casa para ele nos explicar o que faltava fazer (que, nós sabíamos, era quase nada). Quando lá chegámos... tcham-tcham, tcham-tcham!... quem é que lá estava?? O electricista, o colega dele e... o Sr. ACNNMSP!!! Isto parece o título de um filme e, na verdade, foi isso que nos pareceu na altura. Pois, diz que o electricista, que na verdade não conhecia bem o Sr. ACNNMSP (nunca tinha trabalhado com ele...), não sabia em quem acreditar e resolveu juntar as duas partes e confrontá-las. Vejamos isto da prespectiva dele... é justo! Em desespero de causa, eu faria o mesmo. O Proprietário teve então que enfrentar o electricista de um lado e a besta do outro. Nem imaginam o que foi... O energúmeno estava possesso (passo a redundância...), quase espumava da boca! Queria, porque queria convencer-nos a todos que seríamos nós a pagar ao electricista. Eu gostaria muito de vos transcrever tudo o que me foi descrito sobre tão sórdido encontro (sim, eu não estava lá...), mas cheira-me que seria uma daquelas situações em que não tem tanta “piada” como quando presenciamos. E a modos que a prosa já vai longa! Resumindo, o caso chegou a ameaças físicas! “Parto-lhe os cornos” “parto-o todo” e afins, da besta para o Proprietário. A sorte foi que assim o electricista ficou a saber quem era na verdade o Sr. ACNNMSP e também ficámos com testemunhas do caso, que foi logo reportado à PSP no dia seguinte. Um último apontamento de humor, parece que o tipo até já tinha sido identificado no passado por um incidente do género... Parece que o defeito é de nascença, tadinho...
Pronto, deixo-vos na santa Paz do Senhor. Até hoje ainda não se verificaram materializações das ameaças. Nem contra o Proprietário (“eh num bato im mulhé!”), nem contra a casa. Esperamos que não se venham a verificar. O que mais queremos é pôr tudo isto para trás das costas. Temos muito com que nos preocupar! Dias depois ele foi lá buscar as ferramentas que tinham ficado para trás aquando da sua saída da obra, tão desabrida. Apesar de termos juntado um pequeno exército (de precaução!) no dia em que ele lá foi, tudo se passou rapidamente e dentro dos limites do civismo. Desde esse dia que nunca mais ouvimos falar dele. Terá ele desaparecido das nossas vidas para sempre...? O tempo o dirá...
Para a próxima, conto-vos como está a obra e até vos mostro fotos! Aqui, a emoção nunca acaba!
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quinta-feira, 24 de julho de 2008

Cair e levantar...

Mais de um mês ausente... Imperdoável! Perdoem-me, todos vocês!! Deste lado, as confusões sucedem-se em catadupa. Vou tentar resumir, sem vos maçar ou privar dos pormenores mais sumarentos... Será que vou conseguir?
Se bem se lembram, o Sr.... enfim, Aquele-Cujo-Nome-Não-Mais-Será-Pronunciado (ou Sr. ACNNMSP) tinha-nos pedido uma reunião. Lá nos reunimos e, sem surpresas, ele disse que precisava de mais dinheiro. Que estava a perder dinheiro, que tinha investido dinheiro na nossa obra (imaginem!) e que ou lhe dávamos mais ou ele saía da obra. Nós voltámos a explicar-lhe que ele tinha um contrato e que não podia sair assim, sem mais nem menos. Mas ele fez mesmo isso! Simplesmente disse que saía e que devíamos accionar os mecanismos que quiséssemos. Foi o que fizemos. A primeiríssima coisa foi logo, naquela tarde, mudar a fechadura. E mudámo-la nós mesmos! Chamar o piquete de urgência das Chaves do Areeiro ficava pelos 80 euros! Roubo! E legal! Bom, o Proprietário despachou aquilo como se o fizesse todos os dias e sempre ficámos mais descansados. É que o tipo dizia que lhe devíamos dinheiro (é mesmo de quem foi à escola e aprendeu a fazer contas e a ler contratos...) e ficámos a pensar que lhe podia passar uma coisinha pela testa e ir lá a casa roubar-nos as coisas ou partir aquilo tudo.
Depois passámos à fase de decidir o que era realmente importante para nós. Consultámos um advogado para perceber o que na verdade se passava ali e quais eram as nossas hipóteses, em caso de levarmos isto a litígio. Afinal, nós fomos enganados por um tipo que assinou um contrato connosco e se comprometeu a entregar-nos a casa pronta e afinal deixou-nos a 75% do caminho. O advogado explicou-nos que realmente tínhamos um contrato muito bem desenhado e que caso fosse a tribunal não havia grandes dúvidas que ganhávamos. O problema era fazer o gajo pagar qualquer tipo de indeminização a que tivéssemos direito. Parece que nestes casos o problema é sempre executar as sentenças, porque este tipos já a sabem toda e não deixam nada em nome das empresas ou (sequer!) têm dinheiro nas contas. Por isso, decidimos que acabar a casa era o mais importante para nós. Estamos a pagá-la desde Setembro e é muito triste e angustiante vê-la passar por todos este problemas. Bom, voltando às resoluções. Decidimos então que simplesmente nos íamos proteger para o caso de ele inventar mais mentiras a nosso respeito e vamos prosseguir com a obra. Nós ainda temos a última parcela do orçamento dele, por isso vamos tentar acabar as coisas com esse dinheiro.
Na verdade, poupei-vos de muitos detalhes. De como conseguimos descobrir maroscas do gajo, de como nos vamos proteger contra ideias mirabolantes que ele possa vir a ter, etc... Se quiserem saber estas coisa, perguntem!
Uma última palavra ao “nosso” advogado. OBRIGADA!! É um amigo meu de longa data e, apesar de já não estarmos juntos há bastante tempo, valeu-nos como se nada fosse. Não é só aquilo que se faz, mas aquilo a que nos dispomos a fazer pelas pessoas, pelos amigos. Foste essencial para a nossa decisão. Mais uma vez muito obrigada! Espero que a vida me recompense com oportunidades de te retribuir.
Vá, pronto, deixo-vos ir por hoje... Para a próxima vem uma história digna de filme! Stay tuned!
Xxx

segunda-feira, 16 de junho de 2008

He's back...

É... diz que “a peça” voltou... Fomos hoje para Lisboa à procura dele. O carro dele, que tem estado estacionado sempre no mesmo sítio, já lá não estava. O Proprietário ligou-lhe e ele não atendeu. Ligou uns minutos mais tarde. Diz que quer conversar. E quando o Proprietário lhe perguntou quando voltava para a obra, ele disse que era precisamente por isso que queria conversar. Ou seja, já estão a ver o que vem por aí, não estão? Eu estou!! Vai querer mais dinheiro! De certeza! Mas ele assim trama-se porque ele não pode pedir uma coisa dessas quando ele assinou um contrato que diz exactamente quanto é que ele vai receber! Ele bem pode pedir o que quiser... Não há mais dinheiro! Nem para ele, nem para nós!!
Nós já consultámos um advogado que nos assegurou que o contrato nos protege e que, se isto tiver que ir a tribunal (e esperemos que não!), o Sr. Entusiasmo só tem 2 opções: ou acaba a obra ou sai da obra e tem que nos pagar uma indeminização. Nós só queremos que ele acabe a obra... a sério!
Vamos esperar para ver. A reunião será mais para o fim da semana.

Xxx

quarta-feira, 21 de maio de 2008

BOMBA!!!

Então não é que o Sr. Entusiasmo nem sequer está em Portugal??? Foi para o Brasil e só volta dia... 7 de Junho!!!!!! Uma semana antes do fim do prazo de terminus da obra!! Imaginem!! Na maior, foi e não dá cavaco às tropas!! Incrível, não?? Pelos vistos nem um contrato bem trabalhado nos safa dos aldrabões e impostores que se apanham em qualquer esquina, todos os dias. Só me dá vontade de lhe arrancar o entusiasmo todo à paulada!!! QUE ÓDIO!!!!
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terça-feira, 20 de maio de 2008

O estado da arte...

Ok, ok... Mea culpa... Eu sei que não tenho cá vindo... E custa-me! Acreditem! Mas eu simplesmente NÃO TENHO TEMPO!!! Se bem que, enfim, não tem havido muito para contar. Temos um ou outro pormenor, mas nada de especial.
É que a obra está parada há mais de 2 semanas. Para ser sincera, nem sei se hoje foram trabalhar ou não. Mas eu traduzo. Desde o início que nós desconfiavamos (para não dizer, tínhamos a certeza!!) que o Sr. Entusiasmo não tinha lido bem o contrato. Avanço já, para não se porem com perguntas precipitadas, que nós lhe demos inúmeras oportunidades de ele ler e reler o contrato, de ele ver e rever o orçamento e sempre nos respondeu que não era preciso, que estava tudo certo. Como não somos Pais dele e não tínhamos grande razão para piamente acreditar que ele não tinha olhado para aquilo, assinámos o contrato. Este contrato deu-nos imenso trabalho. Perdemos meses por causa dele, tudo porque o nosso próprio orçamento era (e ainda é!!) bastante limitado. Daí termos sido tão explicitos e tão descritivos no tal Mapa de Quantidades. Para que qualquer empreiteiro que encontrassemos pela frente, fizesse o que nós queremos, sem se desviar do plano com compras extra, ou paredes extra. Há umas semanas atrás, o Sr. Entusiasmo deu-se conta que connosco não vai haver “plano B”, “despesas extra”, ou sequer a tão desejada “dinâmica” de que ele nos informava no princípio. Mas, reparem, ele leu e releu o contrato que assinou! Ele já devia saber isso! Aliás, nós próprios lhe dissemos isso mesmo, com todas as letras. Ele escolheu ignorar-nos, nitidamente. Depois de muitas ameaças (das quais já vos falei), ele resolveu que tinha que começar outras obras, para “fazer algum dinheiro”. Tudo bem! Por nós, ele até pode ir para a Inglaterra apanhar morangos. O que nos interessa é que ele termine a obra nos 90 dias que constam no contrato. Mas com isso, já lá vão 2 (quase 3!) semanas. Estamos sem janelas da frente, o que torna tudo muito perigoso. Mas isso, enfim, não é culpa dele. As carpintarias estão a ser feitas por outras pessoas, com quem tínhamos mais confiança. Estão é a demorar! E nós não temos tempo de andar a gerir isto!!
O problema é que agora já nos ligam os vizinhos, porque estão preocupados que os malucos que por ali andam à noite, entrem no prédio pelas janelas que estão tapadas por tapumes. Enfim, aqueles tapumes estão pregados à janela, por isso não entravam ali sem pelo menos fazer barulho. De qualquer maneira, eles têm razão. E, como imaginam, nós também queremos que este assunto se resolva. A gente ainda gostava de lá morar, caramba!
Dizendo isto, deixo-vos umas fotos do actual estado da obra. Pronto, estas fotos até já estão desactualizadas. Está um nadinha mais avançado. Mas pouco.


























E, sim, mais uma vez peço desculpa pela demora nas actualizações. Espero que não tenham deixado de nos visitar de vez em quando!
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terça-feira, 22 de abril de 2008

Dois passos à frente... um atrás...

Ai... meus amigos... Eu bem queria vir aqui contar-vos tudo... mas tem sido tão tão difícil!! Como sempre, muito muito trabalho. Depois muitas muitas confusões com o Sr. Entusiasmo!
Começamos agora a perceber que a nossa hora de glória foi mesmo quando decidimos fazer o orçamento e mapa de medições rigorosos. Benditas semanas que perdemos (ou, melhor, investimos!) a medir a casa de alto a baixo! Este homem está a dar cabo de nós!!! Se nós não andassemos constantemente em cima dele e a verificar cada pormenor da obra, ele já nos tinha levado à falência!! É que a besta (desculpem a indelicadeza, mas já não existe qualquer tipo de simpatia da nossa parte para com ele e vice versa, tenho a certeza) não olhou para todos aqueles pormenores que lhe demos para fazer um orçamento muito limitado ao que estava descrito no contracto. Preferiu ler o contracto na diagonal e ir inventando à medida que fosse fazendo. Mas nós tinhamo-lo avisado! Nós dissemos-lhe que não haveria espaço de manobra, que ele não iria ver o “dinamismo” que tanto queria na nossa obra! Mas nããããããããão!! Ele preferiu ignorar-nos!
E agora vem com choradinhos; que já está a perder dinheiro; que já está em prejuízo; que vai abandonar a obra... Ele que tente!! ELE QUE TENTE!!
Temos sofrido muito ultimamente às mãos deste lunático. Decide coisas sózinho, desobedece às nossas ordens... Vejam lá que chegámos ao cúmulo de ele topar que nós não estamos em Lisboa e leva os homens para lá ao sábado, quando nós o proibimos de trabalhar ao fim-de-semana! Contado ninguém acredita, mas é a mais pura verdade! E é claro que no meio disto tudo os vizinhos acham que somos nós que o pomos a trabalhar ao sábado! Enfim, é um inferno!
Mas, dois passos à frente e um atrás, lá vamos indo. Não vemos a hora da casa estar pronta...
Xxx
PS – Desculpem a falta de fotos... Estou muito cansada. Amanhã trato disso.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Clicks e dramitas

Olá-olá-olá!
Cá estou de volta a este cantinho cibernético... cibernauta... internético... internauta... Epá... Escolham vocês!
Ora, novidades... novidades... novidades... Algumas. Outro dia tivémos mais visitas... Desta vez das agradáveis e necessárias à obra! Nada de bófias! Supostamente, esta semana devíamos ter sido visitados pelo Arquitecto, o Carpinteiro e o Sr. da Cozinha (isto já parece nome de filme...). Entretanto desmarcaram todos! E de repente o Sr. da Cozinha afinal está em Lisboa, o Arquitecto vem no sábado e o só o Carpinteiro é que ainda está em dúvida. Mas em princípio para a semana também já se resolve. Então estivemos com o Sr. da Cozinha que trouxe um recém-contratado arquitecto, que até é um dos melhores amigos do Proprietário... Começa a ser tudo um nadinha incestuoso, mas não há-de ser nada! Siga pr’a bingo!
Na presença do sempre bem-disposto Sr. Entusiasmo, marcaram-se os pontos necessários à montagem da cozinha. Ora vejam, a nossa cozinha toda grafitada... Imaginação precisa-se!
















No resto da casa, já temos as bases da nova casa-de-banho e a base da wc social deve ficar pronta hoje. Quando eu digo “as bases”, quero dizer os esgotos, as águas, os fios eléctricos e as betonilhas no chão. É claro que os revestimentos e as loiças é só mesmo no fim. Mas lá por termos estado com o Sr. Entusiasmo até às 8 da noite, não o impediu de às 9 e tal do dia seguinte nos estar a ligar com mais um drama. Enfim, digo drama, mas este tipo de coisas acontece todos os dias. Por isso, são... dramitas! Mas, então, o de ontem foi o facto do chão da cozinha não ir alinhar com o do corredor. Para explicar o problema, conto-vos que a parte de trás de todo o edifício (onde temos a cozinha, a marquise e, claro, o jardim) sofreu um ligeiro abatimento aquando da construção do prédio ao lado (este já de placa), no final dos anos 60 do século passado. Isto resultou num pequeno, mas perceptível, desnível no chão das divisões a tardoz. Logo, o corredor que atravessa a casa de uma ponta à outra, está neste momento mais elevado que a sala ou a cozinha.



















O Sr. Entusiasmo e os seus colaboradores ainda não tinham levado isto em conta porque as paredes que existiam (reparai no pretérito!) entre estas divisões, disfarçavam o desnível. Depois de mirar e remirar o problema, decidimos colocar pequenas linguetas de madeira, como pequenas rampinhas, entre essas divisões. Mas, lá está, resolveu-se e vocês terão oportunidade de verificar como estes pormenores ficam no final.
Hoje, tive uma experiência absolutamente... fascinante! Depois de deixar o Proprietário no comboio, resolvi começar o dia a ver... interruptores! Sim, malta, interruptores... da luz! O Arquitecto tinha-nos indicado uns interruptores quaisquer todos XPTO (design!), que eu tinha visto de relance uma ou outra vez. Agora que estou a considerar esse tipo de pormenores resolvi mergulhar no fabuloso mundo da “aparelhagem e sistemas para instalações eléctricas”. Fui à procura da tal marca na net... Não foi fácil, ah pois não!, mas encontrei. Comecei a percorrer o catálogo... Bom... Não tinham ainda passados 2 minutos, já eu estava a babar! Não, não era o Gianecchini nem mesmo o Clooney que com um movimento sensual acendiam ou apagavam as luzes. Eram mesmo os interruptores!!!!!!! Eu nunca vi interruptores tão lindos!! Eu quero!! Quero!!! Restava saber se a minha carteira ia colaborar. Dirigi-me aos representantes da marca e fui vê-los ao vivo. Deus meu... o toque suave... o design limpo e rectilíneo... o “click” mais sensual... Enfim, não são baratos, mas ainda há esperança!











Eeerrmm, acham que pirei de vez??? CLICK!!
xxx

domingo, 30 de março de 2008

Veio tudo abaixo!!!

Não, não é uma qualquer referência ao imbecil programa de TV... Deus me livre! É que veio mesmo tudo abaixo! E agora está-se a levantar outra vez!
Pois é, camaradas, já estamos em fase de construções! O “problema” é que o Sr. Entusiasmo e a sua equipa são demasiado rápidos. Como ganham à empreitada, compensa-lhes despacharem-se e começar outra logo a seguir. Daí a enorme azáfama que se vê lá em casa. Inclusivé, tem acontecido várias vezes nós irmos lá a casa de manhã ver as obras, tirar fotos e ao fim do dia elas já estarem desactualizadas, tal é a desenvoltura dos trabalhadores! Menos mal, desde que eles estejam a fazer as coisas bem feitinhas.Entretanto com tanto para resolver na obra e com tanto trabalho nos empregos, não tem havido muito tempo para vos vir actualizar quanto ao estado da coisa. E também com as mudanças a acontecerem tão rápido, às vezes sinto que vos vou estar a contar coisas que aconteceram há imenso tempo. Mas adiante com a história...
As obras correm a bom ritmo. Segundo as últimas notícias do Sr. Entusiasmo, já colocaram os 2 pilares e a viga que ele decidiu colocar no fim de contas. Também têm havido muitas conversações sobre a marquise, porque à medida que se foram demolindo as várias paredes, foi-se percebendo melhor quais delas fazem realmente falta ali ou não. Já tivemos também que decidir qual a caixilharia que vamos aplicar na enorme janela que vamos ter a separar a marquise do jardim. Essa caixilharia estava dependente da organização final desse espaço, daí ter ficado para tão tarde esse tipo de ponderação. Mas pelo menos vamos conseguir manter o objectivo do desenho inicial do arquitecto que era abrir o máximo daquele espaço para o jardim. As partes que tivemos que manter foram mesmo por força maior, para não corrermos riscos com a estrutura das varandas dos vizinhos de cima. Também já começaram a trabalhar as casas de banho e supostamente esta semana teremos as visitas do carpinteiro (para começar a desenhar as portas), do arquitecto (para acompanhar a obra) e do senhor da cozinha (que vem fazer as medições finais). Muito se espera, por isso, de mais esta semana.
Entretanto... Ontem, estando nós fora de Lisboa e sem qualquer hipótese de valer a ninguém, a não ser que se resolvessem as coisas por telefone, acordámos com uma magnífica história de estupidez e ignorância. Contou-nos então o Sr. Entusiasmo que um dos nossos vizinhos desceu à obra para nos ameaçar com uma verificação das Licenças. Ora, a ignorância começa aqui, já que com a aplicação da Lei 60/2007 que entrou em vigor a 9 de Março do corrente, as obras no interior dos edifícios já são dispensadas de Comunicação Prévia. Até aí está tudo em ordem. Agora, o senhor em causa podia muito bem ter-se queixado de algum ruído que os homens estivessem a fazer, já que de acordo com o Regulamento Geral do Ruído (que, acrescento, o Proprietário conheçe ao pormenor!) as obras que constituam fonte de ruído não são permitidas aos sábados. Ora, perguntam vocês, se nós conhecemos a Lei, porque raio tínhamos os homens a trabalhar ao sábado? É uma excelente pergunta e a resposta revela a estupidez da coisa, de várias frentes. Nós, conhecendo a Lei e os vizinhos que nos calharam na rifa, avisámos o Sr. Entusiasmo de antemão que não queríamos que eles trabalhassem ao sábado. Mas ele, com a sua vontade de trabalhar, garantiu-nos que ao sábados eles fariam só coisas que não implicassem ruído. A nossa estupidez foi termos confiado nele, apesar de o termos avisado inúmeras vezes sobre os vizinhos, já que já tínhamos tido outros indícios que eles seriam facilmente problemáticos. A estupidez dele foi ter ignorado os nossos avisos e agora vai ouvir um rol de chatices que nem vai saber de que terra é. Sim, que eu não me fico com estas situações. A estupidez do vizinho foi ter decido chamar a Polícia. Se fosse um espécimen de ser humano dotado de alguma inteligência, tinha-nos ligado a nós, nós tínhamos mandado parar as obras imediatamente e teríamos mantido intactas as nossas relações de vizinhança e respeito. Sim, porque, relembro este auditório, nós tivemos o cuidado de entregar cartas a todos os vizinhos das 2 vezes que começamos as obras, a informar do que se passava e a disponibilizarmo-nos telefonicamente para qualquer queixa, esclarecimento ou informação. Assim, já perdi todo e qualquer respeito por essa pessoa que nem teve a decência de se identificar perante o empreiteiro. Para sua infelicidade, o Polícia que lá apareceu, conta o Sr.Entusiasmo, sabia que não precisamos de uma Licença formal para as nossas obras. Despachou o vizinho dizendo que voltaria durante a semana para ver a Licença, mas mal ele virou costas, parece que confessou ao empreiteiro que conhecia as alterações à Lei e que afinal não voltaria. Mas, pronto, pararam-se as obras por mais um dia e vamos ver o que se concretizará esta semana.
A ver se consigo sondar a nossa Vizinha do Lado, que com certeza não perdeu pitada da rebaldaria, sobre quem será a ignorante peça que mora naquele prédio e planeio aparecer-lhe à porta. É que eu estou com a minha consciência tranquila em relação aos meus direitos e aos dele e se ele deseja queixar-se, que o faça na minha cara. Mais uma vez, deixo-vos em suspense. Esta novela não acaba aqui...

xxx
PS - Deixo-vos mais estas fotos... Se bem que já estão desactualizadas...




quinta-feira, 20 de março de 2008

Eu é que sou o Pr... Proprietário

Hmm… Olá, boa noite… sim, sim, pois é… sou eu, o Proprietário… Surpreendidos? Pois, e com alguma razão… Na verdade eu não era apenas fruto da imaginação da Proprietária… existo (acho) e cá estou para a ajudar a descrever a nossa aventura. Não que ela precise, tem feito um trabalho fantástico, não tem? Pro-prie-tária!!! Pro-prie-tária!!! Pró-pri-etária!!! Pró-tie-prária!!!
Bem, vou-me deixar de elogios porque ela já fez o jantar. Amanhã arranjo mais… ;-)
Pois como hoje fui eu a passar o dia na obra (sim, agora mesmo obra), decidi sentar-me aqui no sofá e deixar-vos as minhas impressões. Realmente os senhores são rápidos. Em quatro dias o interior da nossa casa está irreconhecível. Todo o miolo desapareceu para dar lugar a paredes descascadas, com a pedra centenária à vista, escoras montadas e uma “vasta” área para dar largas à imaginação. Este “vasta” surge porque sou partidário de cultivar pensamentos positivos… apesar dos seus 80 e picos m2, a casa vai parecer tão grande quanto nós desejarmos. Livrem-se de lhe chamar pequena, ok?

Vejam lá algumas fotos.

Confesso que fiquei tentado a deixar ficar as paredes com a pedra à vista… Parece que a aplicação de uma resina basta para as manter em boas condições e com aquele aspecto fantástico. Mas não, we’ll stick to the plan. Fazer alterações nesta altura é o que o Sr. Entusiasmo quer… mas não lhe vamos deixar margem para sequer pensar em “trabalhos a mais”… Claro, que apesar da nossa vontade, a vontade da própria casa é soberana. Já lhe tiramos tanto do interior que ela decidiu fazer birra. Afinal uma das paredes da fachada que queríamos derrubar vai ter que ficar parcialmente de pé. Mas serão ajustes, apenas ajustes. A luz tão desejada que emana do jardim vai continuar a entrar pela casa dentro.

Bjs e abraços

terça-feira, 18 de março de 2008

A carga pronta e metida no contentor...

Ora bem, hoje venho ilustrar algo que poucos de vós terão presenciado, mas que com certeza todos almejam assistir. Quantos de vós já se perguntaram como se muda um contentor de entulho? Calma, calma! Um de cada vez!! Eu sei que estão ansiosos! Pois aqui fica uma breve reportagem fotográfica, em jeito de recompensa, por terem esperado tantos anos por este momento. Deliciem-se...









































Gostaram? Escusam de me agradecer...
Um bom amigo e assíduo leitor deste meu pasquim sugeriu um filmezinho para ilustrar toda esta actividade que entope a minha rua diariamente. Acontece que esta brincadeirinha demora 10 minutos inteiros!! São 10 minutos em que a minha vida está a atrasar a vida de muitas outras pessoas! É um sentimento tão espectacular como aterrador! Não sei se me entendem.
Por hoje ficam com as fotos.
xxx

17 de Março de 2008

Amigos,
Às vezes duvido que conseguimos atingir esta meta. É claro que no fundo só vamos a meio-caminho da nossa viagem, mas... Começaram as obras, malta!! Começaram hoje, às 8h da matina! Enfim, nem tudo foi perfeito, já que o contentor que tinha sido pedido a tempo e horas só chegou depois das 11h. O que vale é que o Sr. Entusiasmo fez jus à sua alcunha e não perdeu tempo. Pôs logo os homens a picar paredes! Tanto que quando o contentor chegou o encheram num instante. Já pedimos que o fossem trocar por um vazio... Infelizmente, a empresa de gestão de resíduos que contratámos não parece ser das melhores no que toca à própria da gestão! Não respondem aos nossos e-mails ou telefonemas e os resultados vêem-se tarde e mal. O problema é que é este tipo de coisas de que depois os empreiteiros se aproveitam para justificarem os atrasos na obra. Quando uma boa gestão poderia facilmente contornar esse tipo de problemas! Resta saber que tipo de gestor é o Sr. Entusiasmo.
Mas, por falar em contentor... Aqui está ele!!


Vazio...
E cheio!!

E claro que os problemas não acabam aqui. Foi logo no primeiro dia que recebemos o primeiro telefonema de um vizinho com uma queixa. Eu tinha deixado uma carta a cada uma das casas, a explicar que as obras tinham recomeçado e que esperamos que demore no máximo 90 dias. Confesso que não esperava um telefonema hoje! Mas os homens fizeram uma poeirada desgraçada que aparentemente trepou pela escada acima. Havia pó dentro do 2º Dto!!! Imagino o que não aconteceu aos trapinhos que hoje se puseram a secar nas traseiras do nosso prédio... Devem estar tipo... papa!! Desgraçados. Espero que esta fase passe depressa...
Resumindo, pelo menos nestes primeiros tempos, vou ter que lá ir todo o santo dia verificar o estado das escadas. É claro que liguei logo ao Sr. Entusiasmo para lhe explicar a situação e para lhe pedir que os seus trabalhadores limpem o pó assim que chegarem e que se lembrem de o limpar todos os dias, antes de saírem. Eu também não gostaria de entrar em casa e ter que atravessar um mar de poeira!
De resto, em termos de trabalho, diz-me o mestre que correu muito bem e que decorre a bom ritmo. Amanhã estou lá batida, a ver se o novo contentor chega a horas. Até apostava...
Nos próximos dias tentarei perceber e descrever-vos (sim, com fotos, descansem!) o decorrer da obra. O seu... dinamismo! E trarei detalhes, também, da assinatura do contrato. Sim, foi hoje!
Vá pessoal... 90 dias and counting...
xxx

sexta-feira, 14 de março de 2008

Alvíssaras...!!

Caríssimos,
Regressamos à Pátria com boas-novas... Já temos data para começar a tão esperada obra!! O nosso D.Sebastião do mundo das remodelações já tem dia de nevoeiro no horizonte! As obras começam 2ª feira, 17 de Março de 2008! Marquem nos vossos calendários, dia histórico e, se fosse eu a decidir, feriado nacional com direito a tolerância de ponto!
Mas, passo a explicar, escolhemos finalmente o nosso empreiteiro! As férias têm destas coisas. Refrescam as nossas ideias! E, no nosso caso, quase congelaram... Mas, adiante. Antes de partirmos, resolvemos confrontar o Sr. Entusiasmo com as coisas que tínhamos descoberto na nossa conversa com o gerente do hotel. Foi uma situação complicada para todos nós. Nós gostámos muito do estilo dele e ele apresentava sem dúvida o melhor orçamento. Mas tínhamos aquelas dúvidas entre nós e tínhamos que as esclarecer. Ele pareceu ter percebido que nós não estávamos a brincar e que íamos levar tudo até às últimas consequências. Lá se explicou, mas prometeu que nos arranjava pelo menos uma referência o mais depressa que pudesse. No dia seguinte, já estavamos nós longe de tudo e de todos, liga-nos ele com os contactos da referência. Agradecemos e tentámos prosseguir com as férias. Mas nem no estrangeiro fomos capazes de pôr de lado a curiosidade sobre este assunto e resolvemos ligar à senhora. Afinal, era a senhora que o tinha contratado para remodelar a caixa de escadas de um prédio que nós chegámos a ir ver com ele. Foi uma longa e animada conversa, entre ela e o Proprietário. Ela confessou ter tido, de início, a mesma relação amor-desconfiança com o Sr. Entusiasmo que nós tivémos, embora hoje em dia estivesse totalmente satisfeita com o trabalho dele e com a relação profissional que mantinham. Isto, em suma, porque a “converseta” deu pano p’ra mangas!
Enfim, ficámos mais descansados. Finalmente algo ali batia certo! Sentimos que estavamos prontos a tomar uma decisão. Por um lado, este era o orçamento que mais nos convinha, por outro, as outras possibilidades também não apresentavam garantias que o preço a mais que iriam cobrar nos fornecesse um trabalho melhor. Por incrível que pareça, alguns deles recusaram-se a fazer certos trabalhos que podem ser um bocado chatos de fazer, mas pelo qual seriam pagos o seu justo preço. Já viram isto? Recusarem-se a trabalhar? Há gente muito fina...
Mas pronto, esta semana estamos a ultimar certos detalhes do contrato. Coisas menores, tipo loiças e revestimentos, mas que nós queremos que constem da versão final do Mapa de Quantidades que vai ser anexada ao contrato. Contrato esse que o Sr. Entusiasmo vai ter que cumprir à risca! Contamos ter tudo pronto durante o fim-de-semana, altura em que assinaremos o dito contrato e, se Deus quiser que tudo corra bem, na segunda-feira chegará o bendito contentor!!
Sim, meus amigos, avizinha-se uma fase deste blog com muitas mais fotos! Para vosso regozijo, bem sei... E para meu também, que já me doem os dedinhos de tanto teclar! Até breve... muito breve!
xxx

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Imortal...

Hoje, um pequeno apontamento de esperança...
Como viémos para Lisboa mais cedo que o normal, aproveitei para passar lá por casa (ou pela “obra”, como o Proprietário gosta de chamar, apesar de que aquilo de obra ainda não tem nada...), para buscar o correio e dar uma olhada ao jardim, já que a sina do R/C é apanhar as cuecas (supostamente lavadas) que os vizinhos insistem em perder para o nosso território. Mal deitei os olhos pela janela, avistei de imediato um magnífico quadro. Deus, a Esperança, a Providência, a Natureza, o Acaso e tudo mais que lhe queiramos chamar, fez nascer no nosso jardim a minha flor favorita: um Jarro!

Lá estava ele, solitário, em toda a sua glória, mirando-me com altivez e transmitindo-me uma enorme força para seguir em frente. Apesar de todas as dificuldades e obstáculos que temos enfrentado nesta nossa aventura, sinto-me hoje com um alento renovado. São pequenos pormenores a que a Vida presta atenção, quando nós mesmos andamos embrenhados no rebuliço do dia-a-dia.
Gostava de vos deixar aqui a foto que lhe tirei com o telemóvel, mas ainda não afinei esse tipo de pormenor técnico. De qualquer maneira, fica uma foto genérica do Jarro. Para vos avivar a memória e acicatar a imaginação.
Xxx
PS – Para os mais cépticos e cínicos, sim, eu sei que o Jarro é uma espécie invasora, que cresce onde houver água. Ainda para mais, é tóxica... Mas não me rebentem a bolha, ok?