domingo, 11 de novembro de 2007

Estruturas...

Hello?? Está alguém desse lado?? Já muitas vezes me disseram que lêem o blog, mas deixarem mensagens de apoio, tá quieto, não é??? Isso é que são amigos!! Vamos lá a fazer um esforçozinho, se fazem favor!
Ok, agora passemos às explicações. Tinha-vos prometido que contaria a história do contentor. Ora, parece que estacionar um contentor à porta de casa não é tão simples como ligar para a respectiva empresa, pagar o devido e, umas horas mais tarde, reservar o lugar para o mostrengo lá descansar os pesados ossos metálicos. Quando o Proprietário começou a ligar para as empresas que alugam os contentores, foi-lhe dito que era necessária uma autorização da CML para o efeito, antes que o contentor pudesse ser pedido. Eu tratei logo de ir ao Departamento de Urbanismo pedir os devidos esclarecimentos e formulários. Infelizmente, o contra-tempo aqui foi descobrir que para pedir uma Ocupação de Via Pública é também necessária a respectiva licença de obras. Tudo estaria bem se nós tivéssemos essa licença... Enfim, não é bem uma licença. Chama-se Comunicação Prévia e é um pequeno relatório que se entrega à CML quando se pretende fazer obras no interior de um apartamento. Contém plantas de situação, memória descritiva do projecto de remodelação e mais umas coisitas. De qualquer maneira, mesmo tendo entregue essa Comunicação Prévia, quando se pede a licença para Ocupação de Via Pública tem que se voltar a entregar uma data desta papelada! Típico! Mesmo quando nesse pedido vai a referência à tal Comuniação Prévia, com o respectivo numerozinho, para eles poderem fazer a ligação de uma à outra. Mas não! Dá-lhes muito trabalhinho! É uma valente massada, andar à procura da respectiva Comunicação Prévia, mesmo que seja só no sistema informático... Bom, resumindo e concluindo, temos agora uma enorme catrefada de papelada para compilar e entregar. E o entulho continua a empilhar-se na nossa... “sala”...

Entretanto, já tivémos mais uma visita do Engenheiro... Aliás, desta vez foi a fina flôr da Engenharia!! Veio o Engenheiro e o Engenheiro-Pai! Só nos faltaram as vénias! Nunca pensámos em tal honra para o nosso humilde casulo em ruínas. Mas, olha, é da maneira que aquilo fica mais bem feito do que alguma vez imaginámos. Então, lá andámos todos de nariz pr’ó ar, mirando tectos e paredes. Conclui-se que há ali zonas do nosso tecto (vulgo, soalho dos Vizinhos de Cima) que terão que ser reforçados com vigas extras, caso queiramos tirar essas paredes. Mas, como nos aconselharam, temos que considerar a relação custo-benefício de todas essas possíveis demolições. Será que queremos mesmo deitar certas paredes abaixo ou será que até as podemos deixar e poupar algum? Ou então, pode ser que nos convenha mesmo deitá-las abaixo e pronto, arranja-se uma maneira de reforçar os barrotes (usando já o jargão do métier... eu não estou só ali a fazer número!). Portanto, o próximo passo era descobrir como é que a Vizinha de Cima tem a sua casa. Ou seja, onde é que o nosso tecto vai ter mais cargas para suportar. O Proprietário conseguiu ir lá hoje “cheretar”. Como sempre, há boas e más notícias. Mantiveram algumas paredes que nós queríamos demolir, mas retiram algumas que nós achávamos que não podíamos mexer. Ou seja, resta-nos reforçar o tecto nas zonas em que eles mantiveram as paredes. Enfim, esperamos nós.
Uma das grandes questões ali é a chaminé. É um daqueles pequenos covis a um canto da cozinha, muito característico das casas antigas.


O problema é que estas coisas tiram imenso espaço às cozinhas e quando elas já não são grandes, como a nossa, é logo das primeiras coisas que apetece demolir. Ora, o Vizinho de Cima disse hoje ao Proprietário que a chaminé é estrutural e que não se pode mexer naquela caixa monstra. Mas para mim isso é um disparate. É lógico que a chaminé é estrutural, mas a caixa não! Aqueles pilares não ligam todos entre si através dos andares porque as chaminés são enviesadas no topo! Bom, os Engenheiros hão-de nos confirmar isso.
xxx

1 comentário:

Anónimo disse...

A história do poliban está espetacular! Fiquei a imaginar a situação, e ao contrário de vocês, deu para rir muito. Talvez daqui a uns tempos tambem consigam ler estas histórias e rirem.

Pensa que, ou menos, não estás a ter essa aventura por terras de sua mejestade...