sexta-feira, 19 de outubro de 2007

O primeiro passo...

Tenho tanto para vos contar... Mas estou-me a distraír com aquele concurso do “Sou tão ignorante que não sei que a água é incolor”... É incrível aquilo que não se aprende nas escolas... Bom, adiante que a minha vida não é isto!
Quando se pensa adquirir uma casa neste estado, a única coisa com que se passa a sonhar dali em diante é... o projecto!! Sim, o projecto arquitectónico de remodelação do andar. Oh meninos, então achavam que a gente se ia pôr a actualizar uma casa que daqui a nada faz 100 anos, para ela ficar airosa e funcional, sem consultar um arquitecto?? Convenhamos!! Achavam que íamos deixar o nosso investimento nas mãos de um qualquer empreiteiro, provavelmente “pato bravo”, hein?? Nada disso!
Tudo bem que o Proprietário tem conhecimentos (e trabalha!) nessa área e talvez nos tenha sido mais fácil aceder a esse tipo de serviços que ao comum dos proprietários, mas também o fizémos porque durante a nossa busca vimos muita coisa feia e, pior!, mal feita!! Estando nós em preparação para habitarmos um R/C, os pés do prédio, não podíamos correr riscos. “Investir agora para colher mais tarde”, é o mote! Apostar numa coisa que ficará bem feita por muitos mais anos e que se veja! Com certeza um dia venderemos esta casa e queremos que quem a comprar faça também um bom investimento.
Mas voltado ao projecto. Como é que se escolhe um arquitecto? Vamos abrir o jogo... O orçamento é apertado. Até pensámos em recorrer a alunos de arquitectura. A nossa sorte é que nos aconselhámos com um fabuloso Arquitecto (conhecido do Proprietário) que se entusiasmou com a perspectiva da renovação de um andar antigo no coração da capital e que logo se prontificou a ajudar. Felizmente, o Arquitecto é uma pessoa com quem ambos temos muitas afinidades estilisticas. Eu confesso que não conheço os meandros do mundo arquitectónico, nem pouco mais ou menos. Sempre pensei que os arquitectos eram pessoas quase inatingíveis, que nos queríam de alguma maneira mostrar o futuro. Atenção! Estou a ser sincera com os meus amigos! Não quero ferir susceptibilidades! Hoje em dia, graças ao Proprietário e à vida à sua volta, conheço alguns arquitectos e aprendi que, afinal, eles estão lá para nos ajudar a tornar os nossos sonhos realidade. Pelo menos os que eu conheço! Tenho visto coisas fantásticas desenhadas por pessoas que eu agora conheço! Nós só queríamos ter uma para nós também...
Então, mostrámos-lhe a planta. Num dia de intenso sol, com o mar por tela e o Edifício Transparente por moldura... Isto em Matosinhos. Aconselho vivamente a visita. Mas então, nesse idílico cenário, salpicado por um nervoso miudinho próprio de uma primeira vez, mostrámos-lhe a nossa aquisição. Falámos sobre o que tínhamos e o que queríamos ter. Sobre o que a casa é e em que nós queríamos que ela se tornasse. Sobre o que era possível e o que era impossível. Sobre o sonho e a realidade... Uns dias mais tarde, tínhamos um projecto inicial. Algo que tinha que ser trabalhado, mas que podia ser trabalhado! Não algo que seria uma criação do nada de outra pessoa, mas um passo em direcção ao nosso sonho. Foi uma óptima sensação...
No dia a seguir à escritura da casa, o Arquitecto veio finalmente ver o nosso espaço, em pessoa. Foi muito bom. Concretizaram-se ideias, descartaram-se outras e afinaram-se detalhes. Há realmente muuuuuuuuuuuuuito a fazer. Paredes a deitar abaixo, paredes a erguer, cozinhas e casas-de-banho a refazer, marquise a melhorar, jardim a criar... uma casa a habitar. Mais detalhes virão se e quando se justificarem. Ou se vocês perguntarem...

Xxx

2 comentários:

Anónimo disse...

Sem querer parcer sogra ,o que pode levar a supor ser intrometida (figura de estilo bem própria)pemita-me que lhe dê os parabéns pela ideia e sobretudo pela capacidade de síntese o que me leva a pensar que daria uma óptima jornalista ou melhor uma excelente escritora.
Espero um grande sucesso e que a vossa expectativa seja realizada.
Fico atenta ao desenrolar das notícias.
Beijinhos bons.

Anónimo disse...

:):):)